Teve início na manhã desta quinta-feira (9) o júri popular do caminhoneiro acusado de bater na traseira de uma moto e arrastá-la por mais de 20 quilômetros na BR-101 em Penha, no Litoral Norte catarinense, em março de 2021. A passageira do veículo, Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, morreu. O piloto, Anderson Antônio Pereira, de 49 anos, marido de Sandra, ficou ferido.
O julgamento teve início às 9h, no Tribunal do Júri da comarca de Itajaí, na mesma região onde o caso ocorreu.
Foto: Reprodução/NSC TV
Segundo o Tribunal de Justiça, o réu responde por homicídio doloso (dolo eventual) da passageira e tentativa de homicídio qualificada - por meio cruel e para assegurar a impunidade de outro crime - contra o motociclista, além de deixar de prestar imediato socorro à vítima e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada. O processo tramita sob sigilo.
O crime ocorreu em 6 de março do ano passado. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homem conduzia o caminhão com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de substâncias psicoativas. Segundo o processo, ele teria consumido substâncias ilícitas.
Após provocar a colisão e ver a caroneira voar sobre seu caminhão, sendo jogada no asfalto, o motorista teria continuado o trajeto, arrastando por mais de 20 quilômetros pela rodovia o veículo das vítimas, que ficou preso na carroceria frontal do caminhão.
De acordo com o MPSC, vários condutores viram a cena, buzinaram e gritaram para que o caminhoneiro parasse, o que não ocorreu. O motociclista, então, escalou o capô do caminhão e se pendurou no retrovisor da porta onde estava o motorista, implorando pela própria vida.
Foto: PRF/ Divulgação
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