Um laudo, elaborado pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF (Polícia Federal), confirmou que os 520 quilos de carne apreendidos em setembro de 2021 durante a operação Hefesto, no Morro da Fumaça, eram de cavalo.
Ao todo, sete porções do material foram analisados pelos técnicos da PF, a pedido da Polícia Civil. A partir de sequências genéticas, eles constaram que o produto apresentava 100% de similaridade com carne de cavalo-doméstico.
A confirmação já era esperada pela investigação, mas os agentes foram surpreendidos pelos 520 quilos de carne serem cavalo.
“Segundo informação do açougueiro, parte daquela carne seria de cavalo e não a integralidade. O IGP [Instituto Geral de Perícias] de Santa Catarina colheu o material por amostragem, ao todo sete pedaços, e constatou que todo aquele material era carne de cavalo”, comentou o delegado Ulisses Gabriel.
A suspeita é que a carne era, posteriormente, comercializada e utilizada em quatro estabelecimentos do Sul catarinense, sendo dois restaurantes localizados em Içara, um supermercado em Laguna e uma lanchonete em Criciúma.
Operação Hefesto
Além dos crimes de venda de carne de equino moída para consumo humano, a operação apurou furto de gado, tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, receptação, venda e posse de armas e comercialização de produto veterinário falsificado.
Ao todo, nove pessoas foram presas, mas liberadas dias depois, após ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Sebastião Reis Junior, aceitar o habeas corpus da defesa.
Comentários: