Mesmo com a estatística de que um em cada quatro policiais militares de Santa Catarina já foram infectados pelo coronavírus e apesar da morte de colegas por complicações pela doença, o Alto Vale está entre as regiões do estado que tem profissionais que se recusaram a tomar a vacina contra a covid-19. Os PMs são de Ibirama, Rio do Sul, Ituporanga e Petrolândia, mas o número total não foi divulgado.
Em todo o estado, desde o início da imunização das forças de segurança até agora, já são mais de 160 policiais que assinaram o termo de recusa. Desse total alguns negaram a vacina de um determinado fabricante e outros não querem receber nenhuma imunização alegando que têm dúvidas em relação à sua eficácia.
O Comando Geral da Polícia Militar de Santa Catarina preferiu não se manifestar sobre o assunto e divulgou apenas uma nota onde afirma que não obriga e não obrigará nenhum de seus homens e mulheres a receberem a vacina e que a decisão é exclusiva de cada um. Ainda segundo a PMSC, 60% do efetivo de aproximadamente 10 mil policiais recebeu pelo menos uma das doses.
Um policial da região que preferiu não se identificar por medo de represarias conta porque se negou a tomar a vacina. “Decidi não tomar porque não confio na vacina porque é muito nova, mas é uma questão muito pessoal”, disse.
Já o PM de Rio do Sul, Giovani Tonolli, que tomou a vacina no dia 31 de maio conta que estava ansioso pela imunização e que é completamente favorável. “Até porque no ano passado eu contraí a covid e fiquei muito mal. Tive falta de ar, tosse, não conseguia dormir e tive muita dor no corpo. Também fiquei com sequelas por algum tempo então estava muito ansioso pela vacina que em minha opinião deveria ser tomada por todos dentro da corporação já que é uma atividade de risco e de contato direto com a população. É uma questão de saúde”, argumentou.
Região teve morte de PM pela Covid
Santa Catarina já registrou a morte de três policiares militares por complicações da covid e um deles era do 13º BPM. O sargento Idio Carlos Baldo, de 46 anos, atuava na Polícia Militar Rodoviária de Aurora e após 30 dias internado em um hospital de Brusque perdeu a luta contra a doença e faleceu no dia 26 de maio. Na ocasião foi homenageado pelos colegas nas redes sociais.
Ele era casado e tinha dois filhos e 26 anos de Polícia Militar, sendo destes, 11 de Policia Militar Rodoviária, todo esse tempo no grupamento de Aurora.
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